Arquivo | março, 2013

PINTURAS DE MASACCIO NA TOSCANA (7) SANTA MARIA NOVELLA – FIRENZE

28 mar

A igreja dominicana de Santa Maria Novella guarda alguns dos mais interessantes detalhes da arte e da arquitetura renascentista. Construída em estilo romanesco-gótico ao longo dos séculos XIII e XIV, teve sua fachada completamente modificada pelo arquiteto e filósofo Leone Battista Alberti em 1470, integrando características da proporcionalidade clássica à então existente estrutura medieval. Para tanto criou um padrão de frisos em mármore branco e verde, sustentado por enormes colunas com um trígono na parte superior (um claro diálogo com a arquitetura dos templos gregos da Antiguidade clássica), mas inovando ao preencher os espaços laterais com duas enormes volutas em forma de “S”, dando origem a um padrão que ficou de tal maneira associado a arquitetura religiosa que persiste até hoje na construção das igrejas católicas.

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Fachada da Basílica de Santa Maria Novella com a voluta em “S”.
[www.guiaflorenca.net]

No interior da igreja, no terceiro tramo do corredor esquerdo, está a última obra conhecida de Masaccio: o afresco la Trinità, produzida possivelmente entre 1426 e 1428. Diferente do usual, la Trinità está posicionada de maneira assimétrica em relação às outras capelas, exatamente em frente à porta que conduz ao cemitério anexo à basílica, acentuando ainda mais os efeitos da perspectiva. Curiosamente, por mais de 200 anos o afresco permaneceu escondido atrás de um retábulo construído por Giorgio Vasari, preocupado não apenas em conservá-lo mas principalmente em protegê-lo das reformas em curso no interior da igreja, retornando à sua posição original apenas em 1860.

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La Trinità
[John T. Spike, Masaccio, Rizzoli libri illustrati, Milano 2002]

Nas palavras do historiador da arte Hans Belting “…em um dos corredores laterais da antiga Sacristia, as paredes contêm uma abertura que existe apenas na pintura. A ficção é total quando o espectador permanece de pé no ponto exato da nave em que a perspectiva foi calculada… O que nós vemos não é uma parede plana nem uma capela genuína, mas um híbrido entre pintura e arquitetura. A capela imaginária é elevada a um nível que somente pode ser alcançado com o nosso olhar, sem que jamais possamos entrar com nossos pés…”

O tema do afresco, que pode ser remontado em até 8 planos diferentes, envolve a imagem de Deus (mais ao fundo) que segura o Jesus crucificado tendo aos seus pés Maria e São João (planos intermediários) circundados por uma grande arcada. Mais à frente, externos a esse primeiro grupo, encontram-se as figuras de dois patronos (possivelmente das famílias Lanzi ou Berti) e finalmente um sarcófago com um esqueleto e os dizeres ” IO FU’ GIÀ QUEL CHE VOI SETE, E QUEL CH’I’ SON VOI ANCO SARETE”, algo como “Eu fui o que tu és, e o que eu sou tu serás”. Assim, o conjunto serviria como uma lembrança da transitoriedade da vida e da fé como única salvação.

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Interessante esquema mostrando o efeito aos olhos do espectador, com a delimitação de até 8 planos de profundidade.
[http://www.istitutomaserati.it/prospettiva/Storia/Masaccio.html]

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Marcações com um dos pontos-de-fuga utilizados pelo pintor.

  • COMO CHEGAR:

A igreja de Santa Maria Novella está situada praticamente em frente à principal estação ferroviária de Firenze (que não por acaso recebe o mesmo nome), junto ao centro histórico da cidade.

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  • HORÁRIOS E PREÇOS:

O complexo compreende a basílica, o museu e o claustro grande, existindo duas entradas distintas: pela praça da estação ou pela praça em frente à igreja. Os bilhetes custam € 5.00 e a visitação pode ser feita de segunda a quinta entre 9:00 e 17:30; às sextas entre 11:00 e 17:30, aos sábados entre 9:00 e 17:00 e aos domingos entre 13:00 e 17:00 (para evitar confusão, consulte os horários atualizados aqui). A visita da basílica (onde está a obra de Masaccio) pode ser feita gratuitamente nos horários das missas que acontecem diariamente à 18:00 horas. Fotos não são autorizadas.

  • SITES:

http://www.chiesasantamarianovella.it/

http://www.casasantapia.com/art/masaccio/trinity.htm

PINTURAS DE MASACCIO NA TOSCANA (6) MUSEO NAZIONALE DI SAN MATTEO – PISA

18 mar

Pisa quase sempre é lembrada pela sua Torre Inclinada na Piazza del Duomo, um dos símbolos mais geniais da arquitetura medieval que acaba obscurecendo outras obras escondidas nas vielas da cidade às margens do Arno.

O Museo Nazionale di San Matteo, localizado em um antigo convento do século XI, guarda um dos maiores conjuntos de esculturas, cerâmicas e pinturas medievais e primo-renascentistas italianas, entre elas um dos painéis que originalmente fazia parte do “Polittico de Pisa”.

Tal políptico é certamente a composição mais bem documentada de Masaccio, pintada para a Igreja de Santa Maria del Carmine de Pisa durante o ano de 1426, em intervalos do trabalho que fazia para a Capella Brancacci na igreja da mesma congregação em Firenze.

Em têmpera sobre madeira com fundo a ouro, era composto por 10 painéis principais, 4 painéis laterais e 3 predellas, dos quais apenas 11 fragmentos sobreviveram, espalhados atualmente por museus na Alemanha (Gemäldegalerie), Itália (Museo Capodimonte di Napoli), Inglaterra (National Gallery) e nos EUA (Getty Museum).

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Esquema sugerido para o “Polittico di Pisa” de Masaccio.
[it.wikipedia.org]

Olhando cada obra isoladamente praticamente não somos capazes de identificar o trabalho de perspectiva tão presentes nas pinturas de Masaccio realizadas no mesmo ano. Assim, especula-se que havia um ponto-de-fuga único que unia e integrava o políptico, ao mesmo tempo em que o incorporava à arquitetura original da igreja, fato que poderia ser explicado pelos detalhes de luz e sombra diferentes em cada fragmento.

No Museo Nazionale de Pisa temos em exibição apenas o São Pedro, um dos possíveis painéis laterais, retratado com traços bem marcados, uma longa barba e uma postura filosófica, usando um longo manto vermelho e segurando na mão direita a espada e na esquerda a Bíblia, de acordo com a iconografia da época.

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São Paolo, Tríptico de Pisa
[http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Masaccio,_polittico_di_pisa,_san_paolo,_pisa_51x30_cm.jpg]

Madona col Bambino, Tríptico di Pisa, atualmente na National Gallery, Londres.[it.wikipedia.org]

Madona col Bambino, painel central do Tríptico de Pisa, atualmente na National Gallery, Londres, com algumas semelhanças com a Madona do Tríptico di San Giovenale.
[it.wikipedia.org]

Uma das predellas, hoje em Berlim, em que a perspectiva é dada pela inclinação do corpo do cavalo, semelhante ao efeito dado pelo corpo do cão na predella do Tríptico Carnesecchi.

Uma das predellas, hoje em Berlim, em que a profundidade é dada pela inclinação do corpo do cavalo, semelhante ao efeito dado pelo corpo do cão na predella do Tríptico Carnesecchi.

  • COMO CHEGAR:

Pisa é um destino comum de excursões que chegam diariamente de Firenze, Roma ou Milão criando longas filas para visitar a Torre Inclinada.

Se tiver algum tempo, é possível fazer uma agradável caminhada e visitar o Museo Nazionale que fica a cerca de 1,5km da Piazza de Duomo, às margens do Rio Arno.

Uma opção é pegar um ônibus na parada Arcivescovado, em frente à Torre (linhas 4 ou 21) e descer na parada Mediceo 2, em frente ao museu. Maiores informações de horários podem ser encontradas no site da empresa CPT – Compagnia Pisana Transporti.

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  • HORÁRIOS E PREÇOS:

O museo está aberto durante a semana das 8:30 às 19:00 e aos finais-de-semana das 8:30 às 13:00. Fecha segundas-feiras.

Os ingressos custam € 5.00 .

PINTURAS DE MASACCIO NA TOSCANA (5) CAPELLA BRANCACCI, SANTA MARIA DEL CARMINE – FIRENZE

17 mar

A Capella Brancacci, cuja construção no interior da Basílica de Santa Maria del Carmine foi encomendada no final do século XIV pela família de ricos comerciantes de seda, teve sua decoração interna parcialmente elaborada por Masolino e pelo seu jovem ajudante Masaccio entre 1924 e 1928.

A intenção de Felice Brancacci, então embaixador de Firenze no Cairo, era homenagear São Pedro, o patrono da família, e ao mesmo tempo prestar apoio ao retorno do papado a Roma após o Grande Cisma da Igreja Católica encerrado 5 anos antes. Sem uma ordem que permita uma leitura linear das passagens bíblicas, a capela tem 15 afrescos associados principalmente à figura do apóstolo Pedro, fundador da Igreja Católica e primeiro papa, 5 dos quais elaborados por Masaccio e outros 2 em que teve participação direta.

Com a ida de Masolino para a Hungria, a morte precoce de Masaccio e a retomada do poder em Florença pelos Medici, inimigos dos Brancacci, a obra permaneceria inacabada por cerca de 5 décadas até ser finalizada por Filippino Lippi em 1480.

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Capella Brancacci
[www.propofs.com]

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Esquema da CApela Brancacci com os afrescos e respectivos pintores
[http://cmapspublic.ihmc.us]

  • A Expulsão dos Jardins do Éden: 

O primeiro dos sete afrescos compostos por Masaccio, localizado sobre o pilar esquerdo na entrada da capela (posição “a” no esquema acima), à frente do Pecado Original de Masolino. Observa-se Adão e Eva com faces desesperadas de vergonha e culpa, como nunca visto até então na pintura gótica medieval, deixando para trás os portões do Paraíso sob a espada do anjo que desce dos céus. No século XVIII as figuras, antes desnudas, receberam uma coberturas de folhas que persistiram até a última restauração nos anos 80. Sobre essa obra, discute-se a possível influência que exerceu em Michelangelo na versão que o artista produziu para a Capela Sistina no Vaticano cerca de 80 anos depois.

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Os rostos tampados de vergonha e as “vergonhas tampadas” antes da restauração
[http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/37/Masaccio-TheExpulsionOfAdamAndEveFromEden-Restoration.jpg]

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A “Expulsão do Paraíso” de Michelangelo na Capela Sistina (1508-1512) e as influências de Masaccio.
[http://www.sacred-destinations.com/italy/rome-sistine-chapel-photos/slides/ceiling-fall3-wga]

  • O Pagamento dos Tributos:

O grande afresco ocupa a parte superior da parede esquerda (posição “b) e foi produzido em 32 “giornatas” de trabalho, relacionado a uma passagem do Evangelho de São Mateus (Mt 17, 24-27):

“Tendo eles chegado a Cafarnaum, dirigiram-se a Pedro os que cobravam o imposto das duas dracmas e perguntaram: Não paga o vosso Mestre as duas dracmas? Sim, respondeu ele. Ao entrar Pedro em casa, Jesus se lhe antecipou, dizendo: Simão, que te parece? De quem cobram os reis da terra impostos ou tributo: dos seus filhos ou dos estranhos? Respondendo Pedro: Dos estranhos, Jesus lhe disse: Logo, estão isentos os filhos. Mas, para que não os escandalizemos, vai ao mar, lança o anzol, e o primeiro peixe que fisgar, tira-o; e, abrindo-lhe a boca, acharás um estáter. Toma-o e entrega-lhes por mim e por ti.”

Masaccio divide a seqüência em três grupos: à esquerda, Pedro retirando a moeda da boca do peixe; ao centro, Jesus cercado pelos apóstolos; e à direita, novamente Pedro agora entregando os tributos ao coletor. Não apenas o uso do contraste entre o claro-escuro definem os planos, mas principalmente o uso da técnica do ponto-de-fuga único direcionam o olhar do espectador para a figura de Jesus Cristo, do mesmo modo que o pintor já havia feito com a Madonna no Trittico di San Giovenale.

Existe uma discussão sobre a importância do tema do afresco no momento em que foi pintado. Em 1427 o governo de Firenze inicia o catasto, ou cadastro, para cobrança de taxas e impostos e destacar uma passagem bíblica em que o próprio Jesus aceita o pagamento de impostos poderia ser uma maneira de mostrar aos cidadãos a importância de suas obrigações cívicas.

Michelangelo, que era natural da Toscana e iniciou sua carreira como arquiteto e escultor, estudou exaustivamente os afrescos da Capella Brancacci antes de suas pinturas no Vaticano: um esboço guardado hoje em um museu na Alemanha mostra a reprodução de São Pedro pagando os tributos para o coletor.

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Linhas destacando o ponto-de-fuga que direciona o olhar do espectador para o rosto de Jesus Cristo.
[http://en.wikipedia.org]

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Estudos de Michelangelo sobre o afresco de Masaccio – Kupferstichkabinett, Munique

 

  • Batismo dos Neófitos:

Localizada no registro superior, ao lado direito do altar (posição “d” no esquema), o afresco retrata o momento em que São Pedro batiza os novos cristãos (ou neófitos) em nome de Cristo. Diferente do descrito em passagens bíblicas, aqui São Pedro é visto sozinho, sem a companhia de outros apóstolos, realçando a importância que se buscava dar à sua imagem.

Essa é o único afresco da Capella Brancacci elogiada por Vasari no livro “Vidas dos Artistas”, em que destaca o realismo com que os jovens desnudos são pintados, evidenciando a musculatura retesada pelo frio, bem como a maneira que Masaccio utiliza para representar a água, quase esfumaçada.

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[http://www.wga.hu/art/m/masaccio/brancacc/st_peter/baptism.jpg]

  • A Cura do Aleijado e a Ressurreição de Tábita:

Esse afresco na parede lateral direita (posição “e”) mostra em um mesmo plano dois milagres realizados por São Pedro. À esquerda a cura do aleijado e à direita a ressurreição de Tábata. Embora as passagens bíblicas que fazem referência aos milagres os descrevam na antiga Palestina, o cenário utilizado é claramente urbano, com suas loggias e construções que em muito lembram a Piazza della Signoria, bem como as vestimentas em estilo fiorentino da época.

No entanto, diferente do afresco dos Tributos em que o movimento da cena convergia para o rosto de Cristo, aqui todas as linhas se dirigem para um ponto central da composição aparentemente sem importância.

A obra é atribuída ao experiente Masolino, mas a utilização da técnica do ponto-de-fuga associa uma possível contribuição de Masaccio, que segundo o historiador da arte Roberto Longhi, também deve ter sido o responsável pelas figuras de fundo, propondo uma parceria em que o jovem pintor propunha o esquema em perspectiva enquanto Masolino pintava as figuras centrais.

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[http://it.wikipedia.org]

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O esquema perspectivo da obra
[http://www.ski.org/CWTyler_lab]

  • Ressurreição do filho de Teófilo e São Pedro no trono:

Localizado na parede esquerda, na parte inferior (posição “h” no esquema acima), esse afresco está relacionado a uma passagem descrita pelo padre Giacomo da Varazze no século XIII (o mesmo que escreveu sobre San Giuliano – ver post anterior) e não consta de qualquer dos Evangelhos. Pregando pela Antioquia, Pedro acaba sendo preso pelo governador Teófilo, só sendo libertado ao mostrar ser capaz de fazer um milagre: ressuscitar o filho do próprio governador, morto 14 anos antes. Após o milagre, toda a população da região se converte ao catolicismo e ergue uma monumental igreja, em cujo trono se senta o Santo.

Visto pelos críticos como de uma qualidade menor do que os afrescos anteriores, o grande destaque está na parte direita da pintura pelo modo como Masaccio utilizou as cores e os tons escuros para, junto com a disposição dos religiosos ajoelhados diante de São Pedro no trono, constituir seus efeitos de relevo e profundidade.

Nas extremidades podemos ver alguns retratos dos artistas da época: o próprio Masaccio, junto com Masolino e Bruneleschi à direita e Filippino Lippi, responsável pela finalização da capela 50 anos depois, à esquerda.

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[http://it.wikipedia.org]

  • São Pedro curando os enfermos com sua sombra:

Estando ao lado esquerdo do antigo altar (posição “i” do esquema), desaparecido nas inúmeras reformas da capela, o afresco de Masaccio mostra São Pedro caminhando ao lado de São João Evangelista e à medida que passa ao lado dos enfermos, estes se levantam curados. Dois já estão de pé agradecidos, o terceiro começa o movimento de se levantar e um quarto aguarda pela passagem do Santo.

Mais uma vez o cenário de Jerusalém é “atualizado” para uma paisagem urbana da Toscana, mais próxima do espectador. A perspectiva, por sua vez, direcionaria o olhar dos fiéis para o altar (ou para um afresco com a crucificação de São Pedro, destruído) que possivelmente se fundiria com parte de uma igreja representada nos fundos do afresco, criando um impressionante efeito óptico. Os personagens apresentam, por fim, um senso de seriedade e dignidade tipicamente renascentistas, fazendo com que o milagre e o poder de São Pedro pareçam mais importantes do que o senso de piedade e compadecimento diante dos doentes.

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A perspectiva leva o olhar do espectador para o altar, fundido com a pintura criando um interessante efeito óptico.
[http://www.studyblue.com]

  • Distribuição de esmolas e a Morte de Ananias:

Do lado direito do altar (posição “j”), Masaccio mostra São Pedro distribuindo esmola aos pobres e necessitados em um dia de inverno com o céu escuro. No chão diante de Pedro aparece o corpo de Ananias, que morre como castigo por ter guardado pra si uma parte dos lucros da venda de sua propriedade, mais uma referência implícita ao “cadastro” em curso em Firenze naquela mesma época.

Estilisticamente, a obra mostra um momento mais maduro do artista, seguro ao pintar as expressões faciais dos personagens e ao mostrar as construções de maneira menos estereotipada. A perspectiva utilizada cria um movimento em simetria com a composição do outro lado, direcionando o sentido do olhar para o altar.

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[it.wikipedia.org]

  • COMO CHEGAR:

A Capela Brancacci está localizada na Igreja de Santa Maria del Carmine, em Firenze.

Diferente das outras obras, todas em exibição na região central, essa igreja está do outro lado do rio Arno – ou Oltrarno – podendo se chegar até lá por uma curta caminhada de cerca de 1km a partir da Estação Ferroviária ou pegando o ônibus linha D “Stazione Galleria – Ferrucci” e descendo na parada Cestello (mais informações no site da empresa ATAF).

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  • HORÁRIOS E PREÇOS:

O acesso à capela se dá pelos pátios do claustro da igreja. A permanência é limitada a apenas 15 minutos por visitante.

O horário de funcionamento é de 10:00 às 17:00 nos dias de semana e de 13:00 às 17:00 aos finais-de-semana, permanecendo fechada para visitação às terças-feiras.

O ingressos custam € 4.00 e estão dentro do programa FIRENZE CARD.